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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Como publicar seu livro

No Brasil a única editora que dá chance ao novo autor é a Pedrazul Editora: www.pedrazuleditora.com.br

Ela dá chance porque, pelo menos, analisa todos os originais que recebe, e olha que recebe muitos. Isso não acontece com outras editoras brasileiras. Essa editora é nova, mas já mostrou para que veio. De cara, já entrou no mercado com dois clássicos mundiais, obras inéditas no Brasil da grande Charlotte Brontë, autora de Jane Eyre. A Pedrazul também está traduzindo a maior e melhor obra de Charles Dickens, Litlle Dorrit, obras de Elizabeth Gaskell e outras. A proposta da Pedrazul para novos autores é simples: ela analisa os originais e, se aprovados, a editora oferece ao autor uma forma de ele publicar a sua obra. Eles indicam o revisor, o editor, o capista e a gráfica. O autor paga os custos apenas e a editora distribui as obras e faz a assessoria de imprensa. Se a obra vender mais do que dois mil exemplares na primeira edição, a editora compra o direito autoral do autor. Então, resumindo, se o autor for bom, ela vai apostar nele.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O décimo livro que eu mais amei! As Senhoras de Missalonghi, de Colleen Mccullough





"As Senhoras de Missalonghi" ou “As Moças Missalonghi”, dependendo da editora, foi um livro publicado em 1985, quase uma década depois do clássico “Os Pássaros Feridos” que todo mundo que gosta de ler conhece.
Este, contudo, ‘trata-se de uma pequena história, com um enredo bastante simples, embora deliciosamente elaborado, como todos os livros desta autora. É aliás o seu tipo de escrita, tão característica, que nos agarra logo após as primeiras páginas em que somos apresentados às três senhoras de Missalonghi e nos leva pela história fora até um final magnífico e algo inesperado’.

Sinopse:
Quando um misterioso homem chega à pequena vila, praticamente habitada por uma mesma família, o clã Hurlingford, tem início um alvoroço em torno de seu nome: quem é John Smith? Que mistério envolve o seu passado? Por que decidiu viver sozinho no mato, etc, etc?
Ninguém, no entanto, foi tão afetada por ele como a mais jovem das três senhoras que habitavam à casa Missalonghi.
A vida de Missy, com efeito, jamais parecera comportar qualquer tipo de surpresa e seu futuro já estava previsto: tornar-se-ia uma solteirona solitária. À semelhança da mãe (viúva) e da tia, solteirona, que viviam com ela, Missy era apenas mais uma das mulheres sem homem do clã Hurlingford; um ser de quem se tinha pena, mas a quem se explorava; se tratava com desdém a qual não se atribuía qualquer importância.

Contudo, por trás da aparência formal daquela mulher, existia uma personalidade, simultaneamente, encantadora e ousada. Este livro é surpreendente. Nora 10!

Onde encontrá-lo barato: www.estantevirtual.com.br ou em qualquer sebo no Brasil ou em Portugal.


sábado, 6 de abril de 2013

O nono livro que eu mais amiei! Litte Dorrit, de Charles Dickens


Eu li em inglês (o que dificultou muito), mas amei este livro que, na realidade, é autobiográfico. O pai de Dickens foi preso por dívida na prisão de Marshalsea, em Londres.

Calma! Para quem não lê em inglês, uma excelente notícia. A embrionária, porém com um pessoal antenado no mundo literário, Editora Pedrazul, do Espírito Santo, vai lançar a edição original traduzida para português. Segundo informações que esta blogueira apurou, não será uma edição resumida, mas para deleite de quem ama Dickens, a obra completíssima com as suas 800 páginas ou mais. O lançamento está previsto ainda para o ano de 2013. O site dessa editora é www.pedrazuleditora.com.br e os contatos são: editorapedrazul@terra.com.br; contato@pedrazuleditora.com.br e o da assessoria de imprensa: assessoria@pedrazuleditora.com.br

 Após a morte de seu pai, Arthur Clennam retorna a Londres, depois de ter passado os últimos quinze anos na China, para cumprir uma missão: a pedido do pai, entregar alguns objetos à sua mãe. Porém, intrigado com as últimas palavras dele, Arthur questiona a mãe em busca de respostas. Assim que chega a sua casa londrina, ele conhece Amy Dorrit que, para ganhar a vida, trabalha como costureira de sua mãe, a altiva senhora Clennam. Amy, que só trabalha três dias por semana (um fato já questionável, pois a senhora Clennam não é nenhum exemplo de bondade), cuida do pai que está preso por dívida na prisão de Marshalsea. No entanto, Arthur, que suspeita que sua família tenha algo a ver com os infortúnios de Amy Dorrit, decide segui-la e descobre seu segredo, torna-se seu amigo e amigo dessa família infortuna. Além de Amy, que nasceu em Marshalsea, e Arthur Clennam, a obra tem muitos outros personagens e histórias paralelas que nos dão uma lição de vida.

Este livro é imperdível! Apesar de ter sido escrito no século XIX é atualíssimo. Mostra uma Londres corrupta, interesseira, um serviço público muito parecido com o atual no Brasil e, com o talento que Dickens possuía, descreve, com nudez, tanto a beleza quanto a crueldade com que a vida trata as pessoas e como as pessoas (sem caráter) se tornam cruéis quando adquirem riquezas. Nota 10!

 Onde encontrar: se tiver um pouquinho de paciência, na Editora Pedrazul.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pássaros Feridos – o oitavo clássico que eu mais amei!



Os 15 primeiros clássicos se misturam em minha ordem de preferência, isto é, cada um deles poderia, sem dúvida, ocupar a primeira posição, pois todos me tocaram de forma poderosa. Porém, como me propus colocá-los numa ordem, o farei.

Este livro tocou-me profundamente. Eu não sei dizer se foi a forma com que a autora narrou a vida de cada personagem, ou a originalidade do tema. A sinopse desse clássico você vai encontrá-lo em qualquer outro site. Aqui eu quero mostrar como alguns livros nos marcam para sempre, nos constroem, consolidam, formam valores e nos mudam.
Quando eu li Pássaros Feridos – há tantos anos –, eu já havia assistido a série (a leitura é sempre melhor. Meu conselho é nunca substituir o livro pelo filme. Se quiser assistir, sugiro que leia primeiro a obra) emocionei-me com a vida, especialmente, de Fiona: sofrida, resignada, contudo, ali, em silêncio, sem, sequer reclamar, cumprindo o seu destino. Pássaros Feridos, com seus inúmeros personagens: Meggie, padre Ralph, Paddy e tantos outros, cujas personalidades Colleen McCullough conseguiu, com seu enorme talento, transcrevê-las em minuciosas características, é, sem sombra de dúvidas, um livro que me fez dar mais valor à minha vida.


ONDE ENCONTRÁ-LO BARATÍSSIMO?
Se você não se incomoda em ler um livro usado, vai encontrá-lo por uma bagatela: www.estantevirtual.com.br
Eu comprei por R$ 1,0 (um) real. Impressionante! E, em ótimo estado.

domingo, 3 de março de 2013

O Sétimo clássico que eu mais amei!






Sem dúvida não é pela narrativa, nem pelo talento do autor, muito menos pela originalidade, mas eu amo este livro. Aliás, vale destacar, que autor poderia ter desenvolvido melhor o tema. Contudo, existe nos dois personagens principais (os demais são tão insignificantes que mal nos damos conta da sua existência!) um quê de sensibilidade que nos toca à alma. Eu já li duas vezes (ele, infelizmente, é pequeno, daí a minha critica ao autor) e pretendo ler ainda mais vezes. Vale à pena, depois de ler a obra, veja o filme.

 ...."Em quatro dias, ele deu-me uma vida inteira, um universo, e deu consistência a todo o meu ser.
Nunca deixei de pensar nele, nem por um momento
."
 
Este livro poderia trazer uma análise sobre traição/adultério feminino.
Poderia ser visto retratando uma vivência amorosa que é sublimada em função da família.
Contudo, o que chama a atenção, e o que mais emociona é a sincronicidade que faz nascer este amor – mesmo que tenha sido vivido em quatro dias. 

Ela uma dona de casa que vive numa fazenda com seu marido e dois filhos adolescentes.
(Uma filha que não a permite sequer escutar suas músicas, que muda a estação do rádio como se ela (Francesca) nem existisse – (mãe não pode ter prefêrencias musicais?) 
 
Ele um fotógrafo que viaja pelo mundo em busca de fotos para a revista que trabalha.
 
As chamas de uma paixão nascem da admiração.
O amor não se sustenta sem admiração mútua.
Ele viu nela um mulher forte, linda, sensual, companheira, cúmplice, contudo, frustrada pela escolha que ela fez na vida, uma mulher intensa, que adora o mundo (como ele também)
Ela representava para ele, a simplicidade, o amor pelo amor, sem máscaras e com toda a sutileza da situação, do lugar que, segundo ele, cheirava tão bem.
Ela tinha a mesma beleza como a que ele viu nas pontes cobertas.

Pontes que muitas pessoas passavam sem se dar conta da beleza que havia nela.
Ele era fotógrafo, e via o óbvio com outros olhos, sentia de forma diferente as pessoas, a paisagem e o mundo em si.

Ela vê nele essa pessoa que ela também quis ser, divorciada, livre e sem amarras. Solto pelo mundo, descobrindo novas paisagens e novas experiências.

 
Depois de sua morte, em seu diário, ela narra o que na vida não teve coragem de fazer.
Mas ela queria que, pelo menos, depois de morta os filhos a conhecessem de verdade.

Nossa alma quer que a gente viva sendo o que somos de verdade. Mas isto nem sempre é possível. Representamos vários papéis para a nossa sobrevivência e para, por que, não,honrar as escolhas as quais fizemos, no caso dela, o casamento, a família...
 
E sua história começa,quando ela (Francesca) estava sozinha...seus filhos e marido tinham viajado....quatro dias ela teria só para ela, já que ela era completamente envolvida/dedicada à família. Estes quatro dias foram capazes de marcá-la para sempre.
 
Robert chega à sua casa perguntando como chegar numa ponte. Ponte é o que liga uma margem a outra, um rio é como nossa vida, vamos indo em frente levando conosco o que nos chega das margens, mas que um dia vai também desembocar no grande mar do cosmos.
Ponte significa juntar o que está separado. União dos opostos.
Na psicologia Junguiana Animus (polaridade masculina nas mulheres)
Anima (polaridade feminina nos homens)
Juntar as duas margens, passar nesta ponte é estar pronta para viver o amor....a paixão...a entrega.
 
Amar é conhecer o outro e conhecer a si mesmo (no outro).
Enquanto ela o leva pra fotografar esta ponte, ela fala com toda sua espontaneidade, pois dentro dela havia um universo próprio, com humor, emoção e delicadeza.
E um brilho único, que ninguém da família conseguia enxergar.
Mas, que Robert sente....e que o deixa fascinado.

Quando a sincronicidade acontece nossos arquétipos internos (que se encontram prontos, se ativam). Nada é provocado.
Apenas acontece.
 
Francesca estava na meia idade (metanóia), tinha sonhos que não havia vivido, sentimentos internos enterrados.
Ele era divorciado, experiente, sentia a vida em todo o seu contexto – tinha integralizado sua polaridade feminina (anima) – por isto era sensível e  estava pronto pra alguém que o quisesse assim.

Ela precisava ser ouvida, ser percebida. Desejava um homem sensível (arquétipo interno constelado) e ele precisava ser amado. (evento externo)

 
A grande questão sobre a sincronicidade, para que se perceba que está presente nos eventos que nos acontecem, é prestar atenção no significado. 
 
Um evento sincronístico não está ligado por causa ou efeito (Ela não conhecia nem havia planejado encontrar Robert....e nem ele....)
-....
mas os dois internamente precisavam deste encontro...deste amor....e foi a simultaneidade que se fez presente...)
Se iriam ou não ficar juntos, não importa....importa sim é que este encontro mudou suas vidas para sempre.
 
Foi por acaso que o marido viajou e que ela ficou sozinha, por acaso ele bateu na porta dela justamente naquele dia, por acaso ele era um homem sensível do jeito que ela já sonhara, por acaso ela era tudo o que ele queria e precisava encontrar numa mulher depois de tantas experiências, por acaso ele já havia estava já na metade da vida e ela também....
Por acaso ele se apaixonou pela cidadezinha que era a cidade natal dela na Itália...
Sim, tudo isto aconteceu, mas se eles internamente não estivessem “prontos, não teria acontecido...(é a nossa alma a grande manipuladora). 

 
E é  aí que se encontra o aspecto terapêutico da sincronicidade.
É a cura que ela pode gerar na nossa vida, como atos da criação no tempo, que são catalisados por catarses emocionais.

E como disse Robert para Francesca:
“– Os sonhos são bons por terem simplesmente existido, independente de terem sido realizados”  

 
Esta análise do filme foi baseada na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (Discípulo de Freud ).
 Fonte:http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/1787163

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sábado, 2 de março de 2013

O sexto clássico que eu mais amei!


O Véu Pitado

Nesta obra-prima, que foi transformada em filme como “O Despertar de uma Paixão”, de William Somerset, é uma aula de como a vida pode nos pregar algumas peças; de como podemos ser enganados por aquilo que chamamos de “paixão”; de como o amor é diferente desse furor de sentimento que nos arrebata, mas também nos ‘arrebenta’, e, de como o amor se constrói com admiração e não pelo o que os nossos olhos enxergam como beleza.
Além de toda essa ”aula”, sutilmente contada numa narrativa envolvente e talentosa, a obra mostra, transcrita em detalhes, as mais belas paisagens da China. Jamais me esquecerei desse livro!

Sinopse:
Baseado no romance clássico de W. Somerset Maugham, O Véu Pintado é uma história de amor passada nos anos 20 que nos conta a história de um jovem casal britânico, Walter, um médico da classe media e Kitty, uma mulher da alta sociedade, que casam pelas razões erradas e se mudam para Xangai, onde ela se apaixona por outro homem. Quando Walter descobre que a mulher lhe é infiel, aceita num ato de vingança um lugar numa aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia e a leva consigo. A sua viagem traz um novo significado à sua relação e à sua essência, num dos mais belos e remotos lugares ao cimo da Terra.

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O quinto clássico que eu mais amei!



Existem alguns autores que eu sou apaixonada e, Charles Dickens é um deles, pois suas obras continuam atualíssimas.
Este livro é uma obra-prima. Daquele tipo de você começa e não quer largar de forma alguma. Jamais esquecerei Pip! Como já comentei em post anteriores, pesquiso a vida dos meus autores preferidos e, Grandes Esperanças, têm muito do próprio Dickens, que foi um menino  pobre, filho de pai alcoólatra, foi autodidata e se tornou jornalista. Não que Pip (o personagem principal dessa obra tenha se tornado um jornalista), mas as desventuras que Pip passou pela vida – com certeza – tiveram como fonte de pesquisa, as lembranças desse magnífico autor. Imperdível!

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