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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Terceiro clássico que eu mais amei!




Apesar de ‘Os Catadores de Concha’ ser o romance de Rosamund Pilcher mais famoso, o meu predileto, entre todos os seus livros (lá li todos) é, sem dúvida, O REGRESSO.

 O personagem principal dessa maravilhosa obra-prima – que a gente lamenta quando chega ao final, pois quer mais além das 1091 páginas –, é Judith Dunbar, uma jovem que sempre viveu longe de sua família. O livro se passa na Inglaterra, principalmente na Cornualha (terra natal da autora), onde Judith estuda num internato para moças. Lá ela conhece sua grande amiga e confidente, Loveday Carey-Lewis. Através desta amizade, conhece Nancherrow, a propriedade dos Carey-Lewis, na Cornualha, e apaixona-se por todos os membros dessa acolhedora família, principalmente, Edward. A partir da convivência com os Carey-Lewis, ela amadurece, torna-se uma pessoa mais segura emocionalmente e muito afetuosa. As vésperas de embarcar  para o tão esperado reencontro com sua verdadeira família, eclode a Segunda Guerra Mundial, e pessoas queridas se alistam, partindo assim para o desconhecido. Sua vida se transforma totalmente e ela decide se engajar no esforço coletivo da guerra, trabalhando na Marinha. O Regresso é uma história tocante, cheia de sensibilidade, que comoverá milhões em todo mundo, confirmando mais uma vez o talento de Rosamund Pilcher em cativar seus leitores com suas histórias que poderiam ter acontecido com você e comigo. O Regresso tem um final comovente e impressionante. Vale á pena conhecer e amar Judith, Jeremy e tantos outros personagens. Depois de Ler O Regresso eu me apaixonei pela Cornualha. Existem livros os quais jamais esquecemos seus personagens e este é um deles! Recomedadíssimo!
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Minha coleção de Rosamund Pilcher


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O segundo clássico que eu mais amei!





 E O Vento Levou”, no Brasil, ou “E Tudo O Vento Levou”, em Portugal, da jornalista e escritora norte-americana Margaret Mitchell, publicado em 1936.
Sugiro como entrada, isto é, antes de ler “E Tudo O Vento Levou”, que o leitor leia: “O Clã de Rhett Butler”, do historiador e escritor Donald Mc Caig. Este livro narra os oito anos de vida de Rhett Butler que antecederam o seu amor por Scarlett O'Hara. Depois, sim, leia a obra-prima de Margaret Mitchell. Para um fechamento prá lá de emocionante, conclua com: “Scarlett: a Continuação de O Vento Levou”, escrita por Alexandra Ripley.
A Vida...
Margareth Mitchell
Eu sempre pesquiso a vida dos autores os quais admiro e com Mitchell não foi diferente. Ela nasceu em 8 de novembro de 1900, em Atlanta, USA, e a sua obra traz mais dela do que o leitor possa imaginar. Na verdade, a autora era tão impetuosa quanto à sua personagem principal, Scarlett O’Hara. Para quem já leu alguma coisa sobre a vida de Margareth, percebeu que a arte, novamente, imitou a vida. Como Scarlett, Mitchell era de família abastarda, filha de um destacado procurador de Atlanta e sua mãe era descendente irlandesa. No livro, ela inverteu: o pai era descendente irlandês e a mãe de família abastarda – item também mencionado por ela no livro com grande destaque, porém invertendo os papéis (o pai de Scarlett era um descendente irlandês e a mãe rica herdeira que abandonara tudo para se casar fugindo, assim, de uma grande desilusão amorosa: o homem a qual amara, seu primo, com quem não fora permitido se casar, morrera. As suas opções eram: entrar para um convento ou aceitar Gerard O’Hara como pretendente).
Enfim, não importa. Os protagonistas criados por Mitchell foram completamente humanos e sujeitos a erros. Na vida real, a autora também teve suas desilusões amorosas e outras dores: Com 17 anos, apaixonou-se por Clifford Henry, um militar que estudava em Harvard e estava em manobras perto de Atlanta. Mas este foi mobilizado para a França e Margareth, em 1918, entrava para o colégio, como as moças da sua idade e condição faziam. Mais tarde recebeu a notícia da morte de Clifford, na França e, pouco depois, da doença de sua mãe, que, quando retornou, não mais a encontrou com vida. Em 1922, casa-se com Red Upshaw, um casamento que rapidamente se desfez devido ao alcoolismo e agressividade do marido. Nesta época, vai trabalhar como repórter para o Atlanta Journal. Em 4 de julho de 1925, feriado da Independência americana, Margareth casa-se com John Marsh, jornalista e editor de uma revista de que se tornará mais tarde vice-presidente. Mas um ano depois ela deixa de trabalhar devido a artrites nos tornozelos e pés, o que a obriga a passar muito tempo em casa e na cama, lendo vorazmente. Foi quando ganhou do marido uma máquina de escrever e com ela iniciou a saga “E Tudo O Vento Levou”. Será que se lembrava do amor perdido? Da mãe?...

Os personagens mais delicados são secundários, como a Melanie e seu marido. Ele deixa um gran-finale em aberto fazendo pensar como seria o futuro dos personagens. Contudo, Alexandra Ripley o finaliza antes mais tarde em “Scarlett, a continuação...”



Sinopse de "E Tudo o Vento Levou"

A Guerra Civil Americana marca a vida de Scarlett O'Hara, uma caprichosa mocinha que, para atingir seus objetivos e esquecer um amor frustrado, se envolve com Rett Butler, um aventureiro cheio de charme, disposto a tudo por amor.
O livro traz amor, drama e um sarcasmo inteligente, próprio da autora que era uma pessoa crítica e muito inteligente.
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara, um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett, sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley, o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes. Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela só pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy, sua aia escrava. 

Em Twelve Oaks, Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que a cercaam, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler, um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do povo. A trama prossegue, a guerra também e entre sangue, dor e muita perda, o amor de Rhett por Scarlllet parece não ter fim e o dela por Ashley também não. Vale à pena ler a obra e não somente assistir ao filme. O livro é muito mais completo. Imperdível!
Obras
O meu exemplar velhinho que amo!
Mitchell só escreveu esta obra de sucesso, porém, é dela também “A Ilha perdida”, um manuscrito escrito vinte anos antes de “E Tudo O Vento Levou”, talvez um ensaio para o que seria a sua grande obra. Neste manuscrito narra uma mulher determinada, que coloca a honra acima de todos os outros sentimentos. Um homem galante e outro de modos rudes, rivais na disputa pelo amor daquela 'pequena dama' de atitudes independentes e um desastre que muda a vida de todos. Qualquer semelhança com 'E Tudo o Vento Levou' não é mera coincidência. Em 1916, ou seja, duas décadas antes do lançamento daquele que se tornaria um dos maiores romances de todos os tempos, Margareth Mitchell escreveu em dois cadernos uma história de amor e tragédia que pode ser considerada o embrião de seu grande sucesso literário. Os manuscritos de 'A ilha perdida' foram preservados por Henry Lovel Angel, amigo e apaixonado pela escritora, não os incinerou conforme pedido de Margareth Mitchell. No livro estão ainda as fotos, a correspondência e, principalmente, o romance entre eles.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Primeiro Clássico Que Eu Mais Amei!


Jane Eyre, de Charlotte Brontë


Sem dúvida Jane Eyre, de Charlotte Brontë, é o primeiro dos meus clássicos prediletos. Neste livro, a grande romancista de todos os tempos, traz uma história pra lá de encantadora, não só pelo estilo envolvente de "escrever com alma" que Charlotte possuía, mas pelo conteúdo dessa obra-prima. 


Jane Eyre é uma menina órfã que vive com sua tia, a senhora Reed, e seus primos, que sempre a maltratam. Até que, cansada do convívio forçado com a sobrinha de seu falecido esposo, a malvada senhora Reed envia Jane a um colégio para moças (um orfanato em péssimas condições, na realidade). Lá, ela cresce e se torna professora. Lógico que, nesse meio tempo, ela passa por poucas e boas. Com 18 anos, cresce em Jane Eyre  a vontade de expandir seus horizontes. Ela põe um anúncio no jornal em busca de trabalho como governanta. O anúncio é respondido pela senhora Fairfax, e Jane parte do colégio para trabalhar em um lugar chamado Thornfield Hall, zona rural da Inglaterra. Lá, ela conhece seu patrão, o Mr. Rochester, por quem se apaixona. Contudo, um grande segredo do passado se interpõe entre eles.

 Um romance lindo, apaixonante e que faz parte da biblioteca de todo bom leitor que aprecia o gênero. Nota 10!

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Obras de Jane Austen


Mansfield Park: uma aula de vida






Sem dúvida “Orgulho e Preconceito! É o livro mais famoso de Jane Austen, contudo, Mansfield Park (1814), na minha modesta opinião, é a sua melhor obra. A personagem principal é Fanny Price e, narrando à sua vida que o livro nos dá “uma aula de caráter” que toda mãe deveria dar de presente às suas filhas adolescentes e jovens. Eu lamento profundamente não ter sido apresentado à Jane Austen e a Fanny Price ainda quando uma adolescente de 15 anos. Muitas coisas ruins, pelas quais eu tive a desventura de passar, poderiam ter sido evitadas com essa “aula de vida” que é este livro sutil, com profunda penetração psicológica – extraordinária capacidade de Jane Austen em construir personagens coerentes, de bom e mau-caráter e fazer uma analogia entre eles.

Resumo da obra sem contar o final...

O livro conta a história de Fanny Price, filha de Frances Ward – que é a mais nova das três irmãs Ward – com certo sr. Price, um tenente da Marinha sem educação, sem relações e sem fortuna. Ao contrário de Frances, sua irmã mais velha, Maria, consegue se casar com Sir Thomas Bertram, homem bastante rico e dono da propriedade no campo chamada Mansfield Park – que é a residência dos Bertram e onde toda a ação do livro acontece. A outra das irmãs Ward, casa com o reverendo Norris, homem com menos fortuna que Sir Thomas, contudo mais bem situado econômica e socialmente que o sr. Price. Os Norris acabam indo morar bem perto de Mansfield Park, enquanto que os Price vão residir em Portsmouth. Se por um lado, Lady Bertram e Mrs. Norris compartilham de um convívio diário, sua irmã Mrs. Price é simplesmente esquecida pelas duas, vivendo com dificuldades na cidade grande. Depois de muitos anos nesta situação, Mrs. Norris tem a ideia de trazer para morar em Mansfield Park uma das filhas de sua irmã mais pobre: a tímida, porém inteligente e bom caráter Fanny Price.
A vida de Fanny entre os seus familiares mais ricos foi difícil. Com exceção de seu primo, o honesto e sincero Edmund Bertram, todos em Mansfield Park fazem questão de deixar claro, em todos os momentos, que a prima pobre é inferior: ela não só não tem direito a ter uma vida social normal como tem a obrigação de ajudar suas duas tias Norris e Bertram. Enquanto que esta é tão indolente que mal consegue sair do sofá, Mrs. Norris – uma das personagens mais marcantes do livro – tem um caráter terrível, sempre querendo parecer boa, porém avarenta e má: é ela que é a mais grosseira entre todos com Fanny e que, cruelmente, mais tenta destruir a autoestima da sobrinha.
À medida que o livro se desenvolve, somos apresentados às fúteis jovens Bertram; ao Sr. Rushworth, um homem rico, mas completamente estúpido; aos irmãos Henry e Maria Crawford, pessoas ricas e de poucos escrúpulos, e que são os causadores de grandes turbulências na pacífica vida dos Bertram em Mansfield Park.
Obviamente, o personagem mais importante do livro é Fanny Price. Ela é tímida ao extremo e de saúde frágil entretanto, ao mesmo tempo, de uma grande força de vontade e de uma enorme maturidade: seu conhecimento sobre o caráter das pessoas é posto à prova quando sua mão é pedida em casamento pelo bem-situado Henry Crawford. Não vou contar o final do livro, pois você deve lê-lo. Vale á pena!






terça-feira, 1 de janeiro de 2013

COLECIONADORA DE CLÁSSICOS: COMO PUBLICAR SEU LIVRO


QUAL A SAÍDA PARA NOVOS AUTORES?


Cada vez mais cresce no Brasil o número de autores  notícia excelente –, pois isso demonstra que o país está cada vez mais culto. Contudo, as editoras comerciais não dão oportunidade aos novos autores. Podem até dizer que “sim”; manter um link em seus sites para “Novos Autores”, mas é tudo balela. Os originais nunca são lidos. O que elas querem mesmo é um autor que já vem com o seu pacote de “marketing” prontinho, isto é, alguém já “pagou o almoço” e as editoras comerciais brasileiras pegam às sobras da divulgação. Isso é ilegal? Não! Apenas oportunismo! Entretanto, chega tanto lixo por aqui que eu até já perdi o prazer de passear nas livrarias – coisa que eu adorava fazer! Para quê? As capas são todas rochas, há vampiros em todas às partes e os livretos do senhor musculoso Nicholas Sparks estão em toda parte. Às vezes paro para refletir: “como um cara que consegue manter músculos tão desenvolvidos tem tempo para escrever?” Não pode sair uma obra de qualidade, não é? Produção em série! Juro! Faz-me lembrar os antigos “Sabrina” e “Júlia” da minha infância que eu via a minha irmã veterana lendo e, às vezes, eu lia também.
Existe, entretanto, uma ENORME diferença entre LITERATURA DE QUALIDADE e LIXO LITERÁRIO! Perdão! Se você é fã dos livros de N. Sparks – o mister Músculos – eu respeito, mas não posso deixar de falar o que penso e não vou mentir para o meu leitor. Lembre-se: político, televisão aberta, reality Show procura, exatamente quem não pensa, tem pouca escolaridade, enfim, o “povo ou a massa” para ganhar em cima. E você pensa, não é? Senão, por que estaria lendo este blog?
Reflita comigo: para escrever é necessário tempo, muita pesquisa (isso ele até pode pagar alguém para fazer por ele), mas, e a lapidação do texto? Hum? Etc, etc. Horas na academia ajuda, sim, porém desenvolve músculos e não neurônios criativos...

AUTOPUBLICAÇÃO

A saída encontrada para os novos autores é a mesma encontrada por tantos gênios que tiveram seus manuscritos rejeitados por editoras desde os séculos XV: a autopublicação. Em breve eu vou publicar uma dica quente: AGUARDEM!
Esta modalidade de publicação de livro, em que o autor paga todo o custo do processo, não vem de hoje. A maioria dos autores inicia dessa forma. Em que pese o fato de se atribuir autopublicação a autores como:
*      Alexander Dumas, autor do clássico: “O Conde de Monte Cristo”;
*      Marcel Proust, autor do clássico: “Em Busca do Tempo Perdido”;
*      Ernest Hemingway, autor dos clássicos: “Por Quem os Sinos Dobram” e ”O Sol Nasce Sempre” e tantos outros;
*      Tolstói, autor de “Guerra e Paz” e “Ana Karenina” e tantos outros;
*      Charlotte Brontë, autora dos clássicos “Jane Eyre”, “Villette”, “Shirley” e “O Professor”;
*      Emily Brontë, autora do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”; 
*      Anne Brontë, autora do clássico “A Moradora de Wildfell Hall”;
*      Lord Byron, autor de Don Juan;
*      Ken balnchard, autor de “Gerente Minuto” e outros;
*      Virgínia Woolf, autora de “Rumo ao Farol” e outros;
Sem falar em autores como: Benjamim Flanklin; Bernard Shaw; Herman Melville; Kipling; Mark Twain; T. S. Eliot; Thorreau e tantos outros. 
Se isso não for argumento suficiente para garantir que a autopublicação seja o melhor caminho, lembre-se de que: não colocar a mão no bolso foi exceção na carreira da maioria dos autores do mundo.