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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O segundo clássico que eu mais amei!





 E O Vento Levou”, no Brasil, ou “E Tudo O Vento Levou”, em Portugal, da jornalista e escritora norte-americana Margaret Mitchell, publicado em 1936.
Sugiro como entrada, isto é, antes de ler “E Tudo O Vento Levou”, que o leitor leia: “O Clã de Rhett Butler”, do historiador e escritor Donald Mc Caig. Este livro narra os oito anos de vida de Rhett Butler que antecederam o seu amor por Scarlett O'Hara. Depois, sim, leia a obra-prima de Margaret Mitchell. Para um fechamento prá lá de emocionante, conclua com: “Scarlett: a Continuação de O Vento Levou”, escrita por Alexandra Ripley.
A Vida...
Margareth Mitchell
Eu sempre pesquiso a vida dos autores os quais admiro e com Mitchell não foi diferente. Ela nasceu em 8 de novembro de 1900, em Atlanta, USA, e a sua obra traz mais dela do que o leitor possa imaginar. Na verdade, a autora era tão impetuosa quanto à sua personagem principal, Scarlett O’Hara. Para quem já leu alguma coisa sobre a vida de Margareth, percebeu que a arte, novamente, imitou a vida. Como Scarlett, Mitchell era de família abastarda, filha de um destacado procurador de Atlanta e sua mãe era descendente irlandesa. No livro, ela inverteu: o pai era descendente irlandês e a mãe de família abastarda – item também mencionado por ela no livro com grande destaque, porém invertendo os papéis (o pai de Scarlett era um descendente irlandês e a mãe rica herdeira que abandonara tudo para se casar fugindo, assim, de uma grande desilusão amorosa: o homem a qual amara, seu primo, com quem não fora permitido se casar, morrera. As suas opções eram: entrar para um convento ou aceitar Gerard O’Hara como pretendente).
Enfim, não importa. Os protagonistas criados por Mitchell foram completamente humanos e sujeitos a erros. Na vida real, a autora também teve suas desilusões amorosas e outras dores: Com 17 anos, apaixonou-se por Clifford Henry, um militar que estudava em Harvard e estava em manobras perto de Atlanta. Mas este foi mobilizado para a França e Margareth, em 1918, entrava para o colégio, como as moças da sua idade e condição faziam. Mais tarde recebeu a notícia da morte de Clifford, na França e, pouco depois, da doença de sua mãe, que, quando retornou, não mais a encontrou com vida. Em 1922, casa-se com Red Upshaw, um casamento que rapidamente se desfez devido ao alcoolismo e agressividade do marido. Nesta época, vai trabalhar como repórter para o Atlanta Journal. Em 4 de julho de 1925, feriado da Independência americana, Margareth casa-se com John Marsh, jornalista e editor de uma revista de que se tornará mais tarde vice-presidente. Mas um ano depois ela deixa de trabalhar devido a artrites nos tornozelos e pés, o que a obriga a passar muito tempo em casa e na cama, lendo vorazmente. Foi quando ganhou do marido uma máquina de escrever e com ela iniciou a saga “E Tudo O Vento Levou”. Será que se lembrava do amor perdido? Da mãe?...

Os personagens mais delicados são secundários, como a Melanie e seu marido. Ele deixa um gran-finale em aberto fazendo pensar como seria o futuro dos personagens. Contudo, Alexandra Ripley o finaliza antes mais tarde em “Scarlett, a continuação...”



Sinopse de "E Tudo o Vento Levou"

A Guerra Civil Americana marca a vida de Scarlett O'Hara, uma caprichosa mocinha que, para atingir seus objetivos e esquecer um amor frustrado, se envolve com Rett Butler, um aventureiro cheio de charme, disposto a tudo por amor.
O livro traz amor, drama e um sarcasmo inteligente, próprio da autora que era uma pessoa crítica e muito inteligente.
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara, um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett, sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley, o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes. Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela só pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy, sua aia escrava. 

Em Twelve Oaks, Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que a cercaam, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler, um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do povo. A trama prossegue, a guerra também e entre sangue, dor e muita perda, o amor de Rhett por Scarlllet parece não ter fim e o dela por Ashley também não. Vale à pena ler a obra e não somente assistir ao filme. O livro é muito mais completo. Imperdível!
Obras
O meu exemplar velhinho que amo!
Mitchell só escreveu esta obra de sucesso, porém, é dela também “A Ilha perdida”, um manuscrito escrito vinte anos antes de “E Tudo O Vento Levou”, talvez um ensaio para o que seria a sua grande obra. Neste manuscrito narra uma mulher determinada, que coloca a honra acima de todos os outros sentimentos. Um homem galante e outro de modos rudes, rivais na disputa pelo amor daquela 'pequena dama' de atitudes independentes e um desastre que muda a vida de todos. Qualquer semelhança com 'E Tudo o Vento Levou' não é mera coincidência. Em 1916, ou seja, duas décadas antes do lançamento daquele que se tornaria um dos maiores romances de todos os tempos, Margareth Mitchell escreveu em dois cadernos uma história de amor e tragédia que pode ser considerada o embrião de seu grande sucesso literário. Os manuscritos de 'A ilha perdida' foram preservados por Henry Lovel Angel, amigo e apaixonado pela escritora, não os incinerou conforme pedido de Margareth Mitchell. No livro estão ainda as fotos, a correspondência e, principalmente, o romance entre eles.



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