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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Como publicar seu livro

No Brasil a única editora que dá chance ao novo autor é a Pedrazul Editora: www.pedrazuleditora.com.br

Ela dá chance porque, pelo menos, analisa todos os originais que recebe, e olha que recebe muitos. Isso não acontece com outras editoras brasileiras. Essa editora é nova, mas já mostrou para que veio. De cara, já entrou no mercado com dois clássicos mundiais, obras inéditas no Brasil da grande Charlotte Brontë, autora de Jane Eyre. A Pedrazul também está traduzindo a maior e melhor obra de Charles Dickens, Litlle Dorrit, obras de Elizabeth Gaskell e outras. A proposta da Pedrazul para novos autores é simples: ela analisa os originais e, se aprovados, a editora oferece ao autor uma forma de ele publicar a sua obra. Eles indicam o revisor, o editor, o capista e a gráfica. O autor paga os custos apenas e a editora distribui as obras e faz a assessoria de imprensa. Se a obra vender mais do que dois mil exemplares na primeira edição, a editora compra o direito autoral do autor. Então, resumindo, se o autor for bom, ela vai apostar nele.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O décimo livro que eu mais amei! As Senhoras de Missalonghi, de Colleen Mccullough





"As Senhoras de Missalonghi" ou “As Moças Missalonghi”, dependendo da editora, foi um livro publicado em 1985, quase uma década depois do clássico “Os Pássaros Feridos” que todo mundo que gosta de ler conhece.
Este, contudo, ‘trata-se de uma pequena história, com um enredo bastante simples, embora deliciosamente elaborado, como todos os livros desta autora. É aliás o seu tipo de escrita, tão característica, que nos agarra logo após as primeiras páginas em que somos apresentados às três senhoras de Missalonghi e nos leva pela história fora até um final magnífico e algo inesperado’.

Sinopse:
Quando um misterioso homem chega à pequena vila, praticamente habitada por uma mesma família, o clã Hurlingford, tem início um alvoroço em torno de seu nome: quem é John Smith? Que mistério envolve o seu passado? Por que decidiu viver sozinho no mato, etc, etc?
Ninguém, no entanto, foi tão afetada por ele como a mais jovem das três senhoras que habitavam à casa Missalonghi.
A vida de Missy, com efeito, jamais parecera comportar qualquer tipo de surpresa e seu futuro já estava previsto: tornar-se-ia uma solteirona solitária. À semelhança da mãe (viúva) e da tia, solteirona, que viviam com ela, Missy era apenas mais uma das mulheres sem homem do clã Hurlingford; um ser de quem se tinha pena, mas a quem se explorava; se tratava com desdém a qual não se atribuía qualquer importância.

Contudo, por trás da aparência formal daquela mulher, existia uma personalidade, simultaneamente, encantadora e ousada. Este livro é surpreendente. Nora 10!

Onde encontrá-lo barato: www.estantevirtual.com.br ou em qualquer sebo no Brasil ou em Portugal.


sábado, 6 de abril de 2013

O nono livro que eu mais amiei! Litte Dorrit, de Charles Dickens


Eu li em inglês (o que dificultou muito), mas amei este livro que, na realidade, é autobiográfico. O pai de Dickens foi preso por dívida na prisão de Marshalsea, em Londres.

Calma! Para quem não lê em inglês, uma excelente notícia. A embrionária, porém com um pessoal antenado no mundo literário, Editora Pedrazul, do Espírito Santo, vai lançar a edição original traduzida para português. Segundo informações que esta blogueira apurou, não será uma edição resumida, mas para deleite de quem ama Dickens, a obra completíssima com as suas 800 páginas ou mais. O lançamento está previsto ainda para o ano de 2013. O site dessa editora é www.pedrazuleditora.com.br e os contatos são: editorapedrazul@terra.com.br; contato@pedrazuleditora.com.br e o da assessoria de imprensa: assessoria@pedrazuleditora.com.br

 Após a morte de seu pai, Arthur Clennam retorna a Londres, depois de ter passado os últimos quinze anos na China, para cumprir uma missão: a pedido do pai, entregar alguns objetos à sua mãe. Porém, intrigado com as últimas palavras dele, Arthur questiona a mãe em busca de respostas. Assim que chega a sua casa londrina, ele conhece Amy Dorrit que, para ganhar a vida, trabalha como costureira de sua mãe, a altiva senhora Clennam. Amy, que só trabalha três dias por semana (um fato já questionável, pois a senhora Clennam não é nenhum exemplo de bondade), cuida do pai que está preso por dívida na prisão de Marshalsea. No entanto, Arthur, que suspeita que sua família tenha algo a ver com os infortúnios de Amy Dorrit, decide segui-la e descobre seu segredo, torna-se seu amigo e amigo dessa família infortuna. Além de Amy, que nasceu em Marshalsea, e Arthur Clennam, a obra tem muitos outros personagens e histórias paralelas que nos dão uma lição de vida.

Este livro é imperdível! Apesar de ter sido escrito no século XIX é atualíssimo. Mostra uma Londres corrupta, interesseira, um serviço público muito parecido com o atual no Brasil e, com o talento que Dickens possuía, descreve, com nudez, tanto a beleza quanto a crueldade com que a vida trata as pessoas e como as pessoas (sem caráter) se tornam cruéis quando adquirem riquezas. Nota 10!

 Onde encontrar: se tiver um pouquinho de paciência, na Editora Pedrazul.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pássaros Feridos – o oitavo clássico que eu mais amei!



Os 15 primeiros clássicos se misturam em minha ordem de preferência, isto é, cada um deles poderia, sem dúvida, ocupar a primeira posição, pois todos me tocaram de forma poderosa. Porém, como me propus colocá-los numa ordem, o farei.

Este livro tocou-me profundamente. Eu não sei dizer se foi a forma com que a autora narrou a vida de cada personagem, ou a originalidade do tema. A sinopse desse clássico você vai encontrá-lo em qualquer outro site. Aqui eu quero mostrar como alguns livros nos marcam para sempre, nos constroem, consolidam, formam valores e nos mudam.
Quando eu li Pássaros Feridos – há tantos anos –, eu já havia assistido a série (a leitura é sempre melhor. Meu conselho é nunca substituir o livro pelo filme. Se quiser assistir, sugiro que leia primeiro a obra) emocionei-me com a vida, especialmente, de Fiona: sofrida, resignada, contudo, ali, em silêncio, sem, sequer reclamar, cumprindo o seu destino. Pássaros Feridos, com seus inúmeros personagens: Meggie, padre Ralph, Paddy e tantos outros, cujas personalidades Colleen McCullough conseguiu, com seu enorme talento, transcrevê-las em minuciosas características, é, sem sombra de dúvidas, um livro que me fez dar mais valor à minha vida.


ONDE ENCONTRÁ-LO BARATÍSSIMO?
Se você não se incomoda em ler um livro usado, vai encontrá-lo por uma bagatela: www.estantevirtual.com.br
Eu comprei por R$ 1,0 (um) real. Impressionante! E, em ótimo estado.

domingo, 3 de março de 2013

O Sétimo clássico que eu mais amei!






Sem dúvida não é pela narrativa, nem pelo talento do autor, muito menos pela originalidade, mas eu amo este livro. Aliás, vale destacar, que autor poderia ter desenvolvido melhor o tema. Contudo, existe nos dois personagens principais (os demais são tão insignificantes que mal nos damos conta da sua existência!) um quê de sensibilidade que nos toca à alma. Eu já li duas vezes (ele, infelizmente, é pequeno, daí a minha critica ao autor) e pretendo ler ainda mais vezes. Vale à pena, depois de ler a obra, veja o filme.

 ...."Em quatro dias, ele deu-me uma vida inteira, um universo, e deu consistência a todo o meu ser.
Nunca deixei de pensar nele, nem por um momento
."
 
Este livro poderia trazer uma análise sobre traição/adultério feminino.
Poderia ser visto retratando uma vivência amorosa que é sublimada em função da família.
Contudo, o que chama a atenção, e o que mais emociona é a sincronicidade que faz nascer este amor – mesmo que tenha sido vivido em quatro dias. 

Ela uma dona de casa que vive numa fazenda com seu marido e dois filhos adolescentes.
(Uma filha que não a permite sequer escutar suas músicas, que muda a estação do rádio como se ela (Francesca) nem existisse – (mãe não pode ter prefêrencias musicais?) 
 
Ele um fotógrafo que viaja pelo mundo em busca de fotos para a revista que trabalha.
 
As chamas de uma paixão nascem da admiração.
O amor não se sustenta sem admiração mútua.
Ele viu nela um mulher forte, linda, sensual, companheira, cúmplice, contudo, frustrada pela escolha que ela fez na vida, uma mulher intensa, que adora o mundo (como ele também)
Ela representava para ele, a simplicidade, o amor pelo amor, sem máscaras e com toda a sutileza da situação, do lugar que, segundo ele, cheirava tão bem.
Ela tinha a mesma beleza como a que ele viu nas pontes cobertas.

Pontes que muitas pessoas passavam sem se dar conta da beleza que havia nela.
Ele era fotógrafo, e via o óbvio com outros olhos, sentia de forma diferente as pessoas, a paisagem e o mundo em si.

Ela vê nele essa pessoa que ela também quis ser, divorciada, livre e sem amarras. Solto pelo mundo, descobrindo novas paisagens e novas experiências.

 
Depois de sua morte, em seu diário, ela narra o que na vida não teve coragem de fazer.
Mas ela queria que, pelo menos, depois de morta os filhos a conhecessem de verdade.

Nossa alma quer que a gente viva sendo o que somos de verdade. Mas isto nem sempre é possível. Representamos vários papéis para a nossa sobrevivência e para, por que, não,honrar as escolhas as quais fizemos, no caso dela, o casamento, a família...
 
E sua história começa,quando ela (Francesca) estava sozinha...seus filhos e marido tinham viajado....quatro dias ela teria só para ela, já que ela era completamente envolvida/dedicada à família. Estes quatro dias foram capazes de marcá-la para sempre.
 
Robert chega à sua casa perguntando como chegar numa ponte. Ponte é o que liga uma margem a outra, um rio é como nossa vida, vamos indo em frente levando conosco o que nos chega das margens, mas que um dia vai também desembocar no grande mar do cosmos.
Ponte significa juntar o que está separado. União dos opostos.
Na psicologia Junguiana Animus (polaridade masculina nas mulheres)
Anima (polaridade feminina nos homens)
Juntar as duas margens, passar nesta ponte é estar pronta para viver o amor....a paixão...a entrega.
 
Amar é conhecer o outro e conhecer a si mesmo (no outro).
Enquanto ela o leva pra fotografar esta ponte, ela fala com toda sua espontaneidade, pois dentro dela havia um universo próprio, com humor, emoção e delicadeza.
E um brilho único, que ninguém da família conseguia enxergar.
Mas, que Robert sente....e que o deixa fascinado.

Quando a sincronicidade acontece nossos arquétipos internos (que se encontram prontos, se ativam). Nada é provocado.
Apenas acontece.
 
Francesca estava na meia idade (metanóia), tinha sonhos que não havia vivido, sentimentos internos enterrados.
Ele era divorciado, experiente, sentia a vida em todo o seu contexto – tinha integralizado sua polaridade feminina (anima) – por isto era sensível e  estava pronto pra alguém que o quisesse assim.

Ela precisava ser ouvida, ser percebida. Desejava um homem sensível (arquétipo interno constelado) e ele precisava ser amado. (evento externo)

 
A grande questão sobre a sincronicidade, para que se perceba que está presente nos eventos que nos acontecem, é prestar atenção no significado. 
 
Um evento sincronístico não está ligado por causa ou efeito (Ela não conhecia nem havia planejado encontrar Robert....e nem ele....)
-....
mas os dois internamente precisavam deste encontro...deste amor....e foi a simultaneidade que se fez presente...)
Se iriam ou não ficar juntos, não importa....importa sim é que este encontro mudou suas vidas para sempre.
 
Foi por acaso que o marido viajou e que ela ficou sozinha, por acaso ele bateu na porta dela justamente naquele dia, por acaso ele era um homem sensível do jeito que ela já sonhara, por acaso ela era tudo o que ele queria e precisava encontrar numa mulher depois de tantas experiências, por acaso ele já havia estava já na metade da vida e ela também....
Por acaso ele se apaixonou pela cidadezinha que era a cidade natal dela na Itália...
Sim, tudo isto aconteceu, mas se eles internamente não estivessem “prontos, não teria acontecido...(é a nossa alma a grande manipuladora). 

 
E é  aí que se encontra o aspecto terapêutico da sincronicidade.
É a cura que ela pode gerar na nossa vida, como atos da criação no tempo, que são catalisados por catarses emocionais.

E como disse Robert para Francesca:
“– Os sonhos são bons por terem simplesmente existido, independente de terem sido realizados”  

 
Esta análise do filme foi baseada na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (Discípulo de Freud ).
 Fonte:http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/1787163

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sábado, 2 de março de 2013

O sexto clássico que eu mais amei!


O Véu Pitado

Nesta obra-prima, que foi transformada em filme como “O Despertar de uma Paixão”, de William Somerset, é uma aula de como a vida pode nos pregar algumas peças; de como podemos ser enganados por aquilo que chamamos de “paixão”; de como o amor é diferente desse furor de sentimento que nos arrebata, mas também nos ‘arrebenta’, e, de como o amor se constrói com admiração e não pelo o que os nossos olhos enxergam como beleza.
Além de toda essa ”aula”, sutilmente contada numa narrativa envolvente e talentosa, a obra mostra, transcrita em detalhes, as mais belas paisagens da China. Jamais me esquecerei desse livro!

Sinopse:
Baseado no romance clássico de W. Somerset Maugham, O Véu Pintado é uma história de amor passada nos anos 20 que nos conta a história de um jovem casal britânico, Walter, um médico da classe media e Kitty, uma mulher da alta sociedade, que casam pelas razões erradas e se mudam para Xangai, onde ela se apaixona por outro homem. Quando Walter descobre que a mulher lhe é infiel, aceita num ato de vingança um lugar numa aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia e a leva consigo. A sua viagem traz um novo significado à sua relação e à sua essência, num dos mais belos e remotos lugares ao cimo da Terra.

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O quinto clássico que eu mais amei!



Existem alguns autores que eu sou apaixonada e, Charles Dickens é um deles, pois suas obras continuam atualíssimas.
Este livro é uma obra-prima. Daquele tipo de você começa e não quer largar de forma alguma. Jamais esquecerei Pip! Como já comentei em post anteriores, pesquiso a vida dos meus autores preferidos e, Grandes Esperanças, têm muito do próprio Dickens, que foi um menino  pobre, filho de pai alcoólatra, foi autodidata e se tornou jornalista. Não que Pip (o personagem principal dessa obra tenha se tornado um jornalista), mas as desventuras que Pip passou pela vida – com certeza – tiveram como fonte de pesquisa, as lembranças desse magnífico autor. Imperdível!

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Quarto Clássico que eu mais amei!




Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell

Gaskell é contemporânea de Charlotte Brontë (autora de Jane Eyre, Shirley, Villette e O Professor) e foi ela quem escreveu a primeira biografia de Charlotte (não publicada no Brasil). Elizabeth Gaskell, como Jane Austen e Charlotte Brontë eram filhas de pastores anglicanos. Mas, quando Gaskell nasceu, em 1810, Jane Austen já escrevia os seus primeiros romances. Comparando os romances dessas três excepcionais autoras inglesas, nota-se que as personagens, tanto de Brontë quanto de Gaskell, exemplo, a obra “Norte e Sul” (lembrando que este não foi o título original dado por Gaskell e sim “Margaret Hale”), nota-se que as heroínas das duas últimas eram mais audaciosas e independentes do que as de Jane Austen. Não podemos esquecer que elas viviam no século XIX e, naquela época, o comportamento das personagens gerou críticas severas.
Em “Norte e Sul”, a personagem principal é uma mulher forte, Margaret Hale, de opinião, que lamenta nos jantares ter de ouvir as frívolas conversas femininas. Seu par romântico também surpreende; Mr. John Thornton não é nenhum conde, nenhum herdeiro rico, contudo um homem que luta bravamente para manter a sua fábrica e cuidar da mãe e da irmã. A heroína é simples, doce, boa e destemida; Thorton é autoritário, arrogante, trabalha quase 24 horas, porém se apaixona pela jovem que o confronta diariamente.
O romance que se desenrola durante a revolução industrial na Inglaterra retrata os conflitos entre uma jovem que nasceu e viveu no Sul da Inglaterra – um lugar essencialmente de economia agrícola –, com um dono de fábrica têxtil do Norte industrializado. Sobretudo, não se trata só de um romance açucarado, a autora, através da amizade entre a protagonista e alguns operários das fábricas, traz a tona a questão social, o sindicalismo e muitos conflitos que enfrentamos em pleno século XXI.

Sinopse

Romance social que tenta demonstrar a vida e os conflitos existentes no norte industrializado dos meados do século XIX, através das impressões de uma jovem nascida nas regiões rurais da Inglaterra. A heroína da história, Margaret Hale, é filha de um ministro religioso que se muda para a cidade fictícia de Milton. Para a protagonista, o Sul onde havia nascido simbolizava o idílio rural, o triunfo da harmonia social e do decoro, contrapondo-se com o Norte e seu ambiente sujo, rude e violento. Na medida em que conhece a difícil realidade da população local, ocorre então a formação de novas amizades e uma crescente atração por John Thornton, dono de uma fábrica têxtil local.

Norte e Sul é um romance de Elizabeth Gaskell, publicado em forma de livro pela primeira vez em 1855, sendo que já havia sido publicado inicialmente na revista literária Household Words, de propriedade de Charles Dickens, entre setembro de 1854 e janeiro de 1855 em 22 partes semanais. Conhecido inicialmente por Margaret Hale, teve seu título alterado por pressão de seus editores para North and South, demonstrando melhor o tema geral do livro: o contraste existente entre o modo de vida da Inglaterra industrializada do norte e da Inglaterra rural e inocente do sul, em uma época fortemente marcada pela revolução industrial do século XIX.
Quando a história foi publicada como um livro em 1855, esta incluiu um prefácio afirmando que por causa das restrições do formato da revista, a autora foi incapaz de desenvolver a história como desejava e deste modo, várias passagens curtas foram inseridas, e vários novos capítulos adicionados. (Fonte: Submarino)

Como de costume, a BBC lançou, em 1994, uma série com quatro capítulos baseado neste livro. Vale à pela ler e assistir a série:

http://www.dailymotion.com/video/xw5md1_norte-e-sul-parte-1-4-legendado-pt_shortfilms#.UQvnHb-ZncA


Onde encontrar? Este livro foi lançado pela editora Ladmark. Onde vai encontrá-lo mais em conta é no site: Extra.com
A minissérie está na internet, link acima, legendada ´para português.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Terceiro clássico que eu mais amei!




Apesar de ‘Os Catadores de Concha’ ser o romance de Rosamund Pilcher mais famoso, o meu predileto, entre todos os seus livros (lá li todos) é, sem dúvida, O REGRESSO.

 O personagem principal dessa maravilhosa obra-prima – que a gente lamenta quando chega ao final, pois quer mais além das 1091 páginas –, é Judith Dunbar, uma jovem que sempre viveu longe de sua família. O livro se passa na Inglaterra, principalmente na Cornualha (terra natal da autora), onde Judith estuda num internato para moças. Lá ela conhece sua grande amiga e confidente, Loveday Carey-Lewis. Através desta amizade, conhece Nancherrow, a propriedade dos Carey-Lewis, na Cornualha, e apaixona-se por todos os membros dessa acolhedora família, principalmente, Edward. A partir da convivência com os Carey-Lewis, ela amadurece, torna-se uma pessoa mais segura emocionalmente e muito afetuosa. As vésperas de embarcar  para o tão esperado reencontro com sua verdadeira família, eclode a Segunda Guerra Mundial, e pessoas queridas se alistam, partindo assim para o desconhecido. Sua vida se transforma totalmente e ela decide se engajar no esforço coletivo da guerra, trabalhando na Marinha. O Regresso é uma história tocante, cheia de sensibilidade, que comoverá milhões em todo mundo, confirmando mais uma vez o talento de Rosamund Pilcher em cativar seus leitores com suas histórias que poderiam ter acontecido com você e comigo. O Regresso tem um final comovente e impressionante. Vale á pena conhecer e amar Judith, Jeremy e tantos outros personagens. Depois de Ler O Regresso eu me apaixonei pela Cornualha. Existem livros os quais jamais esquecemos seus personagens e este é um deles! Recomedadíssimo!
Onde encontrar mais barato: www.estantevirtual.com.br

Minha coleção de Rosamund Pilcher


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O segundo clássico que eu mais amei!





 E O Vento Levou”, no Brasil, ou “E Tudo O Vento Levou”, em Portugal, da jornalista e escritora norte-americana Margaret Mitchell, publicado em 1936.
Sugiro como entrada, isto é, antes de ler “E Tudo O Vento Levou”, que o leitor leia: “O Clã de Rhett Butler”, do historiador e escritor Donald Mc Caig. Este livro narra os oito anos de vida de Rhett Butler que antecederam o seu amor por Scarlett O'Hara. Depois, sim, leia a obra-prima de Margaret Mitchell. Para um fechamento prá lá de emocionante, conclua com: “Scarlett: a Continuação de O Vento Levou”, escrita por Alexandra Ripley.
A Vida...
Margareth Mitchell
Eu sempre pesquiso a vida dos autores os quais admiro e com Mitchell não foi diferente. Ela nasceu em 8 de novembro de 1900, em Atlanta, USA, e a sua obra traz mais dela do que o leitor possa imaginar. Na verdade, a autora era tão impetuosa quanto à sua personagem principal, Scarlett O’Hara. Para quem já leu alguma coisa sobre a vida de Margareth, percebeu que a arte, novamente, imitou a vida. Como Scarlett, Mitchell era de família abastarda, filha de um destacado procurador de Atlanta e sua mãe era descendente irlandesa. No livro, ela inverteu: o pai era descendente irlandês e a mãe de família abastarda – item também mencionado por ela no livro com grande destaque, porém invertendo os papéis (o pai de Scarlett era um descendente irlandês e a mãe rica herdeira que abandonara tudo para se casar fugindo, assim, de uma grande desilusão amorosa: o homem a qual amara, seu primo, com quem não fora permitido se casar, morrera. As suas opções eram: entrar para um convento ou aceitar Gerard O’Hara como pretendente).
Enfim, não importa. Os protagonistas criados por Mitchell foram completamente humanos e sujeitos a erros. Na vida real, a autora também teve suas desilusões amorosas e outras dores: Com 17 anos, apaixonou-se por Clifford Henry, um militar que estudava em Harvard e estava em manobras perto de Atlanta. Mas este foi mobilizado para a França e Margareth, em 1918, entrava para o colégio, como as moças da sua idade e condição faziam. Mais tarde recebeu a notícia da morte de Clifford, na França e, pouco depois, da doença de sua mãe, que, quando retornou, não mais a encontrou com vida. Em 1922, casa-se com Red Upshaw, um casamento que rapidamente se desfez devido ao alcoolismo e agressividade do marido. Nesta época, vai trabalhar como repórter para o Atlanta Journal. Em 4 de julho de 1925, feriado da Independência americana, Margareth casa-se com John Marsh, jornalista e editor de uma revista de que se tornará mais tarde vice-presidente. Mas um ano depois ela deixa de trabalhar devido a artrites nos tornozelos e pés, o que a obriga a passar muito tempo em casa e na cama, lendo vorazmente. Foi quando ganhou do marido uma máquina de escrever e com ela iniciou a saga “E Tudo O Vento Levou”. Será que se lembrava do amor perdido? Da mãe?...

Os personagens mais delicados são secundários, como a Melanie e seu marido. Ele deixa um gran-finale em aberto fazendo pensar como seria o futuro dos personagens. Contudo, Alexandra Ripley o finaliza antes mais tarde em “Scarlett, a continuação...”



Sinopse de "E Tudo o Vento Levou"

A Guerra Civil Americana marca a vida de Scarlett O'Hara, uma caprichosa mocinha que, para atingir seus objetivos e esquecer um amor frustrado, se envolve com Rett Butler, um aventureiro cheio de charme, disposto a tudo por amor.
O livro traz amor, drama e um sarcasmo inteligente, próprio da autora que era uma pessoa crítica e muito inteligente.
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara, um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett, sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley, o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes. Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela só pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy, sua aia escrava. 

Em Twelve Oaks, Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que a cercaam, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler, um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do povo. A trama prossegue, a guerra também e entre sangue, dor e muita perda, o amor de Rhett por Scarlllet parece não ter fim e o dela por Ashley também não. Vale à pena ler a obra e não somente assistir ao filme. O livro é muito mais completo. Imperdível!
Obras
O meu exemplar velhinho que amo!
Mitchell só escreveu esta obra de sucesso, porém, é dela também “A Ilha perdida”, um manuscrito escrito vinte anos antes de “E Tudo O Vento Levou”, talvez um ensaio para o que seria a sua grande obra. Neste manuscrito narra uma mulher determinada, que coloca a honra acima de todos os outros sentimentos. Um homem galante e outro de modos rudes, rivais na disputa pelo amor daquela 'pequena dama' de atitudes independentes e um desastre que muda a vida de todos. Qualquer semelhança com 'E Tudo o Vento Levou' não é mera coincidência. Em 1916, ou seja, duas décadas antes do lançamento daquele que se tornaria um dos maiores romances de todos os tempos, Margareth Mitchell escreveu em dois cadernos uma história de amor e tragédia que pode ser considerada o embrião de seu grande sucesso literário. Os manuscritos de 'A ilha perdida' foram preservados por Henry Lovel Angel, amigo e apaixonado pela escritora, não os incinerou conforme pedido de Margareth Mitchell. No livro estão ainda as fotos, a correspondência e, principalmente, o romance entre eles.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Primeiro Clássico Que Eu Mais Amei!


Jane Eyre, de Charlotte Brontë


Sem dúvida Jane Eyre, de Charlotte Brontë, é o primeiro dos meus clássicos prediletos. Neste livro, a grande romancista de todos os tempos, traz uma história pra lá de encantadora, não só pelo estilo envolvente de "escrever com alma" que Charlotte possuía, mas pelo conteúdo dessa obra-prima. 


Jane Eyre é uma menina órfã que vive com sua tia, a senhora Reed, e seus primos, que sempre a maltratam. Até que, cansada do convívio forçado com a sobrinha de seu falecido esposo, a malvada senhora Reed envia Jane a um colégio para moças (um orfanato em péssimas condições, na realidade). Lá, ela cresce e se torna professora. Lógico que, nesse meio tempo, ela passa por poucas e boas. Com 18 anos, cresce em Jane Eyre  a vontade de expandir seus horizontes. Ela põe um anúncio no jornal em busca de trabalho como governanta. O anúncio é respondido pela senhora Fairfax, e Jane parte do colégio para trabalhar em um lugar chamado Thornfield Hall, zona rural da Inglaterra. Lá, ela conhece seu patrão, o Mr. Rochester, por quem se apaixona. Contudo, um grande segredo do passado se interpõe entre eles.

 Um romance lindo, apaixonante e que faz parte da biblioteca de todo bom leitor que aprecia o gênero. Nota 10!

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Obras de Jane Austen


Mansfield Park: uma aula de vida






Sem dúvida “Orgulho e Preconceito! É o livro mais famoso de Jane Austen, contudo, Mansfield Park (1814), na minha modesta opinião, é a sua melhor obra. A personagem principal é Fanny Price e, narrando à sua vida que o livro nos dá “uma aula de caráter” que toda mãe deveria dar de presente às suas filhas adolescentes e jovens. Eu lamento profundamente não ter sido apresentado à Jane Austen e a Fanny Price ainda quando uma adolescente de 15 anos. Muitas coisas ruins, pelas quais eu tive a desventura de passar, poderiam ter sido evitadas com essa “aula de vida” que é este livro sutil, com profunda penetração psicológica – extraordinária capacidade de Jane Austen em construir personagens coerentes, de bom e mau-caráter e fazer uma analogia entre eles.

Resumo da obra sem contar o final...

O livro conta a história de Fanny Price, filha de Frances Ward – que é a mais nova das três irmãs Ward – com certo sr. Price, um tenente da Marinha sem educação, sem relações e sem fortuna. Ao contrário de Frances, sua irmã mais velha, Maria, consegue se casar com Sir Thomas Bertram, homem bastante rico e dono da propriedade no campo chamada Mansfield Park – que é a residência dos Bertram e onde toda a ação do livro acontece. A outra das irmãs Ward, casa com o reverendo Norris, homem com menos fortuna que Sir Thomas, contudo mais bem situado econômica e socialmente que o sr. Price. Os Norris acabam indo morar bem perto de Mansfield Park, enquanto que os Price vão residir em Portsmouth. Se por um lado, Lady Bertram e Mrs. Norris compartilham de um convívio diário, sua irmã Mrs. Price é simplesmente esquecida pelas duas, vivendo com dificuldades na cidade grande. Depois de muitos anos nesta situação, Mrs. Norris tem a ideia de trazer para morar em Mansfield Park uma das filhas de sua irmã mais pobre: a tímida, porém inteligente e bom caráter Fanny Price.
A vida de Fanny entre os seus familiares mais ricos foi difícil. Com exceção de seu primo, o honesto e sincero Edmund Bertram, todos em Mansfield Park fazem questão de deixar claro, em todos os momentos, que a prima pobre é inferior: ela não só não tem direito a ter uma vida social normal como tem a obrigação de ajudar suas duas tias Norris e Bertram. Enquanto que esta é tão indolente que mal consegue sair do sofá, Mrs. Norris – uma das personagens mais marcantes do livro – tem um caráter terrível, sempre querendo parecer boa, porém avarenta e má: é ela que é a mais grosseira entre todos com Fanny e que, cruelmente, mais tenta destruir a autoestima da sobrinha.
À medida que o livro se desenvolve, somos apresentados às fúteis jovens Bertram; ao Sr. Rushworth, um homem rico, mas completamente estúpido; aos irmãos Henry e Maria Crawford, pessoas ricas e de poucos escrúpulos, e que são os causadores de grandes turbulências na pacífica vida dos Bertram em Mansfield Park.
Obviamente, o personagem mais importante do livro é Fanny Price. Ela é tímida ao extremo e de saúde frágil entretanto, ao mesmo tempo, de uma grande força de vontade e de uma enorme maturidade: seu conhecimento sobre o caráter das pessoas é posto à prova quando sua mão é pedida em casamento pelo bem-situado Henry Crawford. Não vou contar o final do livro, pois você deve lê-lo. Vale á pena!






terça-feira, 1 de janeiro de 2013

COLECIONADORA DE CLÁSSICOS: COMO PUBLICAR SEU LIVRO


QUAL A SAÍDA PARA NOVOS AUTORES?


Cada vez mais cresce no Brasil o número de autores  notícia excelente –, pois isso demonstra que o país está cada vez mais culto. Contudo, as editoras comerciais não dão oportunidade aos novos autores. Podem até dizer que “sim”; manter um link em seus sites para “Novos Autores”, mas é tudo balela. Os originais nunca são lidos. O que elas querem mesmo é um autor que já vem com o seu pacote de “marketing” prontinho, isto é, alguém já “pagou o almoço” e as editoras comerciais brasileiras pegam às sobras da divulgação. Isso é ilegal? Não! Apenas oportunismo! Entretanto, chega tanto lixo por aqui que eu até já perdi o prazer de passear nas livrarias – coisa que eu adorava fazer! Para quê? As capas são todas rochas, há vampiros em todas às partes e os livretos do senhor musculoso Nicholas Sparks estão em toda parte. Às vezes paro para refletir: “como um cara que consegue manter músculos tão desenvolvidos tem tempo para escrever?” Não pode sair uma obra de qualidade, não é? Produção em série! Juro! Faz-me lembrar os antigos “Sabrina” e “Júlia” da minha infância que eu via a minha irmã veterana lendo e, às vezes, eu lia também.
Existe, entretanto, uma ENORME diferença entre LITERATURA DE QUALIDADE e LIXO LITERÁRIO! Perdão! Se você é fã dos livros de N. Sparks – o mister Músculos – eu respeito, mas não posso deixar de falar o que penso e não vou mentir para o meu leitor. Lembre-se: político, televisão aberta, reality Show procura, exatamente quem não pensa, tem pouca escolaridade, enfim, o “povo ou a massa” para ganhar em cima. E você pensa, não é? Senão, por que estaria lendo este blog?
Reflita comigo: para escrever é necessário tempo, muita pesquisa (isso ele até pode pagar alguém para fazer por ele), mas, e a lapidação do texto? Hum? Etc, etc. Horas na academia ajuda, sim, porém desenvolve músculos e não neurônios criativos...

AUTOPUBLICAÇÃO

A saída encontrada para os novos autores é a mesma encontrada por tantos gênios que tiveram seus manuscritos rejeitados por editoras desde os séculos XV: a autopublicação. Em breve eu vou publicar uma dica quente: AGUARDEM!
Esta modalidade de publicação de livro, em que o autor paga todo o custo do processo, não vem de hoje. A maioria dos autores inicia dessa forma. Em que pese o fato de se atribuir autopublicação a autores como:
*      Alexander Dumas, autor do clássico: “O Conde de Monte Cristo”;
*      Marcel Proust, autor do clássico: “Em Busca do Tempo Perdido”;
*      Ernest Hemingway, autor dos clássicos: “Por Quem os Sinos Dobram” e ”O Sol Nasce Sempre” e tantos outros;
*      Tolstói, autor de “Guerra e Paz” e “Ana Karenina” e tantos outros;
*      Charlotte Brontë, autora dos clássicos “Jane Eyre”, “Villette”, “Shirley” e “O Professor”;
*      Emily Brontë, autora do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”; 
*      Anne Brontë, autora do clássico “A Moradora de Wildfell Hall”;
*      Lord Byron, autor de Don Juan;
*      Ken balnchard, autor de “Gerente Minuto” e outros;
*      Virgínia Woolf, autora de “Rumo ao Farol” e outros;
Sem falar em autores como: Benjamim Flanklin; Bernard Shaw; Herman Melville; Kipling; Mark Twain; T. S. Eliot; Thorreau e tantos outros. 
Se isso não for argumento suficiente para garantir que a autopublicação seja o melhor caminho, lembre-se de que: não colocar a mão no bolso foi exceção na carreira da maioria dos autores do mundo.